Além do Púlpito: o compromisso inabalável do pastor

Em meio aos desafios, a fortaleza da igreja reside na sua unidade e vigilância. Cada membro, junto com seu pastor, forma uma linha de defesa contra ameaças. A decisão de proteger a integridade da igreja começa conosco. Que cada coração aqui presente escolha, neste momento, se posicionar ao lado da verdade, fortalecendo nossa comunidade. Juntos, com determinação e fé, podemos e devemos fazer a diferença. Escolha proteger, escolha unir-se!

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ALÉM DO PÚLPITO: O COMPROMISSO INABALÁVEL DO PASTOR

Atos 20:24-32

By Pr. Márcio Greyck

Texto Bíblico: Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” – (Atos 20:24).

INTRODUÇÃO

  1. Muitos veem o púlpito como um simples pedaço de madeira, mas para o pastor, ele representa muito mais. Representa um chamado, uma responsabilidade e, acima de tudo, um compromisso profundo com a Palavra de Deus. Hoje, exploraremos esse compromisso através das palavras da herança do apóstolo Paulo em Atos 20:24-32.
  2. Paulo, mesmo diante das adversidades, jamais vacilou em sua missão. Seu compromisso com o Evangelho era tão profundo que ele afirmou: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” (Atos 20:24).
  3. Imagine um marinheiro enfrentando um mar feroz, mas mantendo o curso, porque sabe a importância de sua jornada. Paulo era esse marinheiro, e a Palavra de Deus, seu Norte.

I – O COMPROMISSO DO PASTOR COM O MINISTÉRIO – ( Atos 20:24)

  • O apostolo sintetiza o seu ministério em três verdades sublimes. Ele diz aos presbíteros de Éfeso: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” – Atos 20:24
  • Destaquemos essas três verdades.

A. Vocação

  • Atos 20:24. Paulo diz que recebeu o ministério do Senhor Jesus. Ele não se lançou no ministério por conta própria. Foi chamado, vocacionado e separado para esse trabalho. Não se tornou um pastor porque buscava vantagens pessoais.
  • Não entrou para a lista dos ministros buscando segurança, emprego ou lucros financeiros. Não entrou no ministério com motivação erradas. O mesmo Senhor que apareceu para ele em gloria no caminho de Damasco também o chamou, o separou, o capacitou e o revestiu de poder para exercer o ministério.
  • Paulo, revela um profundo entendimento de sua vocação divina, priorizando sua missão acima da própria vida. Sua dedicação ecoa nas palavras de Ellen G. White: “Deus nunca pede a alguém que faça um sacrifício” (White, Ellen G., Testemunhos para a Igreja, 1ª ed., Tatuí – SP. Casa Publicadora Brasileira, 2009, p. 258). Assim, Paulo confirmou em seu chamado não um fardo, mas uma honra divina, orientando seu ministério pela graça de Cristo.
  • É o senso de vocação que dá ao pastor forças nas horas difíceis. É a certeza do chamado divino que lhe dá direção em tempos tenebrosos. É a convicção de que é o Espírito Santo quem nos constitui pastores sobre o rebanho e que nos dá paz para continuar no trabalho, mesmo diante de circunstancias adversas.

B. Abnegação

  • Atos 20:24, onde Paulo declara: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”, é um testemunho poderoso de abnegação. A abnegação, no contexto deste versículo, não é apenas o ato de renunciar a desejos pessoais, mas é uma entrega profunda de si mesmo por uma causa maior.
  • Paulo expressa um desapego à vida terrena em favor do chamado celestial. Ele coloca sua missão de proclamar o Evangelho acima de sua própria segurança e conforto. A verdadeira abnegação, como exemplificada por Paulo, envolve sacrificar interesses pessoais pelo bem do Reino de Deus. Nesse espírito, a abnegação torna-se uma poderosa ferramenta de testemunho, demonstrando a transformação que o Evangelho pode operar no coração humano.
  • Paulo não estava em uma corrida desenfreada em busca de prestigio, likes ou fama. Seu proposito não era ser aplaudido ou ganhar prestigio entre os homens. Estava pronto a sofrer toda sorte de perseguição e privação para pastorear. Estava disposto a ser preso, a sofrer ataques externos e temores internos para pastorear a igreja de Deus. Estava pronto a dar sua própria vida para cumprir cabalmente seu ministério.
  • Este princípio é ecoado nas palavras do teólogo John Stott: “O verdadeiro discipulado significa renúncia a nós mesmos” (Stott, John, O Discípulo Radical, 1ª ed., São Paulo, Editora Vida Nova, 2010, p. 35). Tal renúncia não é vista como perda, mas como ganho, alinhando-se à missão de proclamar o Evangelho ao mundo.

C Paixão

  • A declaração de Paulo em Atos 20:24 revela uma paixão ardente por sua missão de testemunhar o evangelho da graça de Deus. Ele não vê sua vida como preciosa em si mesma, mas em relação ao propósito divino que lhe foi confiado. Esta paixão pelo Evangelho é resumida nas palavras do teólogo AW Tozer: “Nada é tão poderoso quanto um cristão que vive totalmente para Deus” (Tozer, AW, A Busca do Homem por Deus, 2ª ed., São Paulo, Editora Mundo Cristão, 2006, pág. 48). Esse fervor, nascido da compreensão profunda da graça de Deus, impulsiona os crentes a viverem com paixão e propósito no ministério.
  • A paixão de Paulo por testemunhar a graça divina, conforme Atos 20:24, reflete um compromisso intenso com o Evangelho. Ellen G. White escreveu: “O amor de Cristo nos constrange” (White, Ellen G., O Desejado de Todas as Nações, 1ª ed., Tatuí – SP: CPB, 2009, p. 668), enfatizando a paixão que deve mover cada crente em sua missão.
  • Sua mente estava totalmente voltada para a pregação. Seu tempo era todo dedicado à pregação. Mesmo quando estava preso, entendia que a palavra não estava algemada.

II – O COMPROMISSO DO PASTOR COM A IGREJA (Atos 20:28-32)

  • Nos versículos 28 a 32, Paulo fala sobre o compromisso do pastor com a igreja. Queremos destacar alguns pontos cruciais para a excelência do seu ministério.

A. O pastor deve cuidar de todo o rebanho, e não apenas das ovelhas mais dóceis.

  • Há ovelhas dóceis e indóceis. Há ovelhas que obedecem ao comando do pastor e ovelhas que se rebelam e fogem de debaixo do cajado do pastor. Há ovelhas que escoiceiam o pastor e aquelas que são o deleite do pastor. Há um grande perigo de o pastor cuidar apenas das ovelhas amáveis e deixar de lado as outras. A ordem divina ´é que o pastor deve cuidar de todo o rebanho, e não apenas de parte dele.
  • Ellen G. White ressalta: “Cristo sente o mais terno cuidado por todos que procuram ser como Ele em caráter” (White, Ellen G., Parábolas de Jesus, 1ª ed., Tatuí – SP: CPB, 2000, p. 119). Este chamado enfatiza a atenção equitativa do pastor a cada membro.

B. O pastor não é o dono, mas servo do rebanho – (Atos 20:28)

  • A igreja é de Deus e não do pastor. Jesus é o único dono da igreja. o Senhor nunca nos deu uma preocupação para nos apossarmos da sua igreja. Na igreja de Deus não existe chefes, caudilhos e donos. Na igreja, todos nós somos nivelados no mesmo patamar, somos servos. Aqueles que se arvoram em donos da igreja e tratam-na como uma empresa particular, buscando abastecer-se das ovelhas, em vez de servi-las e pastoreá-las, estão em franca oposição ao proposito divino.
  • A igreja não é uma empresa, mas o corpo de Cristo. Aqueles que buscam se beneficiam dela, em vez de servi-la, desviam-se do propósito divino. Ellen G. White adverte: “Os que buscam o próprio interesse destroem a influência espiritual” (White, Ellen G., Testemunhos para a Igreja, vol. 2, 3ª ed., Tatuí – SP: CPB, 2001, p. 132). O chamado é para pastorear e servir, seguindo o exemplo de Cristo, que veio para servir e não para ser servido.

C. O pastor não pode impor-se arbitrariamente como líder do rebanho – (Atos 20:28)

  • O pastor precisa ter plena consciência de que foi o Espírito Santo quem o constituiu pastor para pastorear a igreja. qualquer atitude de manobra humana ou politica de bastidor para continuar à frente de uma igreja é uma conspiração contra o plano de Deus. O pastorado não deve ser imposto. O pastor não pode agir com truculência. Ele não é ditador, mas um pai. Não é explorador do rebanho, mas servo do rebanho. Há muitos pastores que constrangem as ovelhas e se impõem sobre elas com rigor despótico, 1Pe 5:3.
  • John Stott observa: “O poder autêntico é o serviço; e a humildade, não o domínio ou a coerção, é a marca da verdadeira liderança” (Stott, John, O Discípulo Radical, 1ª ed., São Paulo: Editora Vida Nova, 2010, pág. 67). Assim, uma liderança eficaz na igreja reflete o caráter de Cristo, que serviu e sacrificou-se pelo bem de todos.
  • Há pastores que orquestram vergonhosamente para permanecer no pastorado da igreja, fazendo acordos e conchavos pecaminosos. O pastor não deve aceitar o pastorado de uma igreja nem sair dela por conveniência, vantagens financeiras ou pressões. Ele precisa saber que, antes de ser pastor do rebanho, é servo de Cristo.

D. O pastor precisa compreender o valor da igreja aos olhos de Deus – (Atos 20:28)

  • O papel do pastor vai além da liderança; é uma vocação divina para cuidar da igreja, que é preciosa aos olhos de Deus. Em Atos 20:28, somos lembrados do imenso valor da igreja, comprado pelo próprio sangue de Cristo. Dietrich Bonhoeffer, afirmou: “A igreja é o corpo de Cristo, e esse corpo vive e cresce” (Bonhoeffer, Dietrich, Vida em Comunhão, 2ª ed., São Paulo: Editora Sinodal, 2002, p. 45). Assim, o pastor, ao reconhecer esse valor divino, é chamado a servir com paixão, dedicação e amor incondicional.
  • A igreja é a noiva do Cordeiro, a menina dos olhos de Deus. Ele a comprou com o sangue de Jesus. Tocar na igreja de Deus é ferir a noiva do Cordeiro. Deus tem zelo pelo seu povo (Êxodo 4:22-23). Perseguir a igreja é perseguir ao próprio Senhor da Igreja. Quem fere o corpo atinge também a cabeça. Os pastores que tratam com rigor desmesurado as ovelhas de Cristo e dispersam o rebanho ou deixa de protegê-lo dos lobos vorazes estão desprezando a noiva do seu Filho bendito!

E. O pastor precisa proteger o rebanho dos ataques externos – (Atos 20:29)

  • Em Atos 20:29, Paulo adverte sobre lobos vorazes que não poupariam os rebanhos. Este versículo destaca a importância do papel do pastor em proteger sua congregação de ataques externos, sejam eles doutrinários, espirituais ou mesmo físicos. O papel de um pastor não é apenas guiar, mas também proteger e defender sua congregação das muitas ameaças que podem vir de fora.
  • Ellen G. White, em suas reflexões sobre o ministério pastoral, escreveu: “Satanás está ativo, inventando maneiras e meios pelos quais possa destruir almas. Sempre que possível, ele fará com que os perigos que ameaçam a igreja sejam mantidos fora de vista” (White, Ellen G., Atos dos Apóstolos, 1ª ed., Tatuí – SP: CPB, 2006, p. 173). Esta citação sublinha a necessidade de vigilância constante.
  • O pastor, portanto, deve estar atento e vigilante, monitorando os sinais dos tempos e os esquemas do inimigo. Ele deve estar equipado com a Palavra de Deus, orando constantemente por discernimento e sabedoria. A proteção dos rebanhos não é uma tarefa fácil, mas é uma responsabilidade sagrada confiada a ele por Deus. Ao fazê-lo com diligência e fidelidade, o pastor não apenas guarda sua congregação, mas também cumpre seu chamado divino.
  • A proteção dos rebanhos é uma tarefa sagrada e de grande responsabilidade. Mas com a direção divina, a oração fervorosa e o apoio da comunidade, é uma missão que pode ser cumprida com sucesso.

F. O pastor precisa proteger o rebanho dos ataques internos – (Atos 20:30)

  • O perigo não vem apenas de fora, mas também de dentro. Há aqueles que se levantam no meio da igreja declarando coisas perniciosas e arrastando após si as ovelhas. Há lobos vestidos com peles de ovelhas dentro da igreja. há falsos mestres enrustidos que buscam uma ocasião para se manifestar e provocar um estrago no arraial de Deus.
  • O pastor precisa ser zeloso no ensino, não dando guarida nem oportunidade aos oportunistas que se infiltram no meio da igreja disseminar suas heresias.
  • Em Atos 20:30, o pastor, portanto, tem uma responsabilidade crucial de proteger o rebanho, não apenas de ameaças externas, mas também das internas. Ellen G. White ressalta: “Nem todos que professam guardar os mandamentos de Deus possuem sua aprovação” (White, Ellen G., Profetas e Reis, 1ª ed., Tatuí – SP: CPB, 2004, p. 142). Esta afirmação sublinha a necessidade de discernimento e vigilância pastoral constante.

 Conclusão

A liderança pastoral vai além do simples ato de guiar; envolve a proteção integral dos rebanhos contra ameaças, tanto externas quanto interna. Como Ellen G. White enfatiza: “O maior querigma da igreja é a pureza entre seus membros” (White, Ellen G., Testemunhos para a Igreja, vol. 5, 1ª ed., Tatuí – SP: CPB, 2002, p. 83).

John Stott complementa: “A verdadeira liderança eclesiástica defende a verdade e protege o povo” (Stott, John, O Pastor Autêntico, 2ª ed., São Paulo: Editora Vida Nova, 2010, p. 77). Assim, os pastores devem ser vigilantes, discernindo cuidadosamente os desafios que enfrentam, e sempre confiando na orientação divina.

Em meio aos desafios, a fortaleza da igreja reside na sua unidade e vigilância. Cada membro, junto com seu pastor, forma uma linha de defesa contra ameaças. A decisão de proteger a integridade da igreja começa conosco. Que cada coração aqui presente escolha, neste momento, se posicionar ao lado da verdade, fortalecendo nossa comunidade. Juntos, com determinação e fé, podemos e devemos fazer a diferença. Escolha proteger, escolha unir-se!

Apelo

Irmãs e irmãos, a pureza e a integridade da igreja estão em jogo. Os desafios são reais, mas temos a certeza da direção divina. Peço que unam forças com seus pastores, apoiando-os em sua missão vigilante. Sejamos um povo determinado, que se comprometa a defender a verdade e proteger nossa comunidade. Hoje, convido a cada um a tomar a decisão de ser uma linha de defesa ativa em nossa igreja. Unidos, seremos inabaláveis.

 

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