O PREGADOR E SEUS CRÍTICOS
2 Co 2:14; Tg 2:23
By Pr. Márcio Greyck
Se você está interessado em ser o melhor pastor/líder que puder e em levar as pessoas a um novo plano de excelência na jornada com Cristo, esta série “MENTORING PASTORAL” poderá lhe ajudar na realização desse sonho. Este é um material a respeito de tornar-se líder de um ministério vibrante, apaixonante e eficaz, mas fique sabendo há um preço a ser pago no processo.
INTRODUÇÃO
Se você é um estudante fiel da Palavra de Deus, se você prega a verdade com o melhor de sua capacidade, e se você tenta o seu melhor para exemplificar qualidades semelhantes a Cristo, você nunca vai ser criticado. Bem, se você acredita nisso, provavelmente você vai querer ir em frente porque você está fazendo algo que nenhum outro pregador já fez, incluindo o próprio Cristo.
Na minha ingenuidade, eu costumava pensar que todo mundo amava o homem de Deus. Quero dizer, ele prega a Bíblia, ele pastoreia a alma, ele cuida do bem-estar espiritual do seu rebanho, ele incentiva os oprimidos; por que você não amaria alguém assim? Dennis Wholey afirma: “Esperar o mundo tratá-lo de forma justa só porque você é uma pessoa boa é como esperar que o touro não cobre de você porque você é um vegetariano”. Nem todo mundo valoriza o seu propósito, a sua paixão ou mesmo a sua pregação. E assumir que eles o fazem, o coloca em uma posição de ser derrubado.
A crítica é parte do pacote ministerial, e esperar qualquer coisa menos é trabalhar a partir de uma premissa de que somos melhores do que Cristo. Jesus viveu sob escrutínio constante durante todo o curso do seu ministério público. Seus motivos, sua mensagem, seus modos, seus métodos, sua missão … todos eles foram postos em causa pelas cabeças falantes religiosas de Seus dias. Eles não só o criticaram, eles realmente conspiraram contra Ele (ainda chamaram alguns para irem juntos, mas receberam um não). Eles mantiveram reuniões secretas sobre Ele e alistaram outros para o mesmo ponto de vista. Nada disso aconteceu até que ele começou a atingir as massas com a verdade. Ter um ministério público muitas vezes significa ter uma miséria pública.
“Para evitar críticas”, disse Elbert Hubbard, “não faça nada, não diga nada, e não seja nada”. Hoje alguns pastores ou líderes escolhem tomar distancia de seus liderados para evitar críticas e aborrecimentos, os pastores são alvos fáceis de críticas e ataques maldosos.
Por isso, alguns pastores levam o ministério sem alegria e desenvolve um relacionamento frio com os seus líderes ou igrejas, nestes casos desenvolvem:
- Falta de sensibilidade no ministério com a membresia;
- Desenvolve uma memória curta, por que não aprende o nome dos seus liderados;
- Desenvolve apenas um grupo de fãs, investindo em apenas programas e não tendo a verdadeira disciplina para o discipulado.
Para refletir, de quem é a culpa? Dos pastores, dos líderes estarem desenvolvendo atitudes como está, dentro do ministério, veja quantos líderes rejeitam os cargos sabendo que é um chamado de Deus? É verdade, o baixo perfil, sob a mentalidade para o ministério podem satisfazer os caprichos do temperamental, mas há um juízo maior em jogo com essa abordagem: cair sob a crítica de Deus. Vamos encarar; a crítica é tecida no tecido do ministério público. Não há maneira de contornar isso.
I – O ASPECTO DIFÍCIL DA CRÍTICA
Só porque você pode esperá-la, não diminui a sua força quando ela chega. Você pode ir ao médico sabendo que você precisa de uma injeção, inclusive esperando receber uma injeção; mas só porque você espera isso, não significa que não vai doer. A crítica fere, e o mais forte dos homens, quando submetido a sua força pode tornar-se enfraquecido por seu golpe.
A desvantagem do pregador é que as flechas vêm de todos os ângulos. Todos os aspectos da sua vida vão cair sob o microscópio espiritual de seu povo. Considere as diversas áreas de análise:
- Habilidades de liderança;
- Habilidades administrativas;
- Estilo de pregação e entrega;
- Direção visionária;
- Relacionamentos familiares;
- Personalidade e Carisma;
- Aparência e Características físicas;
- Status Financeiro;
- Amizades e Associações pessoais;
- Gerenciamento de tempo;
- Filosofias e convicções;
A pregação é pessoal. E quando você toma uma decisão forte e toma uma posição às convicções, os críticos vão sair da carpintaria proverbial só para lhe dar um pedaço de suas mentes.
II – O ASPECTO SAUDÁVEL DA CRÍTICA
A única coisa que devemos evitar é tentar evitar as críticas completamente. Nem todas as críticas são ruins. Por uma questão de fato, existem alguns momentos em que é necessário. Quando dada no espírito certo, com a motivação certa, sob as circunstâncias certas, a crítica pode ser o seu maior companheiro. A Bíblia diz: “Fiéis são as feridas de um amigo” (Provérbios 27:6).
Charles Spurgeon disse: “Que bênção será a crítica irritante de um homem sábio”. Abraham Lincoln declarou: “Aquele que tem o coração para ajudar tem o direito de criticar”. Se você tiver sorte o suficiente para ter um amigo que vai olhar além de sua sensibilidade e tentar ajudá-lo, mesmo quando dói, então você deve, com confiança, chamar esse homem de um amigo de verdade. Como um pregador, você terá que determinar quais críticos estão aí para machucá-lo e quais críticos têm sido dirigidos por Deus para ajudá-lo.
III – O ASPECTO HUMILHANTE DA CRÍTICA
Pensar que estamos acima de melhoria é uma noção perigosa e enganosa. Podemos não gostar de admitir isso, mas uma das razões por que as críticas doem tanto é porque elas tocam uma das áreas mais sensíveis do nosso coração – a parte composta de orgulho.
Norman Vincent Peale alega precisamente, “O problema com a maioria de nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio do que salvos pela crítica”.
O fato de pensar que você não luta com um coração arrogante, na verdade, deriva de um coração cheio de orgulho; e tal orgulho precisa ser descoberto e destruído. Às vezes o orgulho só é exposto através da voz irritante e desagradável do crítico. É melhor cair sob o escrutínio do homem e ajustar em conformidade, do que resistir ao desenvolvimento de Deus e cair sob a sua ira. O contexto maior da nossa crítica é que Deus é o Oleiro Mestre que está trabalhando, moldando-nos para ser o tipo de pregador que precisamos ser. Há um cerne de verdade em todas as críticas.
CONCLUSÃO
Paulo colocou a promessa por escrito: “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento” (2Co 2:14). O pastor ou líder com foco único consegue resistir. A consagração traz a vitória. Uma vida consagrada é uma vida dedicada a um único propósito.
Tomo como exemplo Abraão pode não ter sabido para onde ia, mas sabia por quê. Deus o chamou. O plano de Deus era agora o propósito de Abraão. E propósito espiritual foi um grande motivador na vida do homem que foi chamado de “amigo de Deus” (Tg 2:23)
APELO
Amigo líder, deixe Jesus ser o seu motivador de caráter, e derramar bençãos sobre você e sua família, seja no ministério, na igreja ou no seu lar.